quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Harvard disponibiliza fotos do julgamento de Nuremberg

Seguem abaixo algumas fotos disponíveis no site da universidade:









Todas as legendas de fotos estão disponíveis em inglês no site: http://via.lib.harvard.edu/via/deliver/deepLink?_collection=via&recordId=olvgroup12379

Duas Barras, uma autêntica Sucupira.

Duas Barras com cadastro irregular no Ministério da Educação

Do total de mais de R$ 1,7 bilhão enviados pelo Fundeb para as 92 prefeituras do Rio em 2010, quase metade - 47% (R$ 805 milhões) - foi repassada para municípios cujos conselhos de Acompanhamento e Controle Social do Fundo (Caas), exigidos por lei, estão em situação irregular no Ministério da Educação ou, simplesmente, não existem. Mas não falta apenas fiscalização. Nesse grupo de cidades beneficiadas estão incluídas ainda aquelas que não elaboraram o Plano Municipal de Educação, que estabelece metas e diretrizes para o setor.
Na região Centro Norte Fluminense somente Cantagalo está em situação regular.

Prefeituras com cadastro irregular do Conselho do Fundeb:
Carmo
Duas Barras
Macuco
Nova Friburgo
Sumidouro

Prefeituras sem Plano de Educação:
Bom Jardim
Cordeiro
Madalena
Trajano de Moraes

Prefeitura sem Conselho e sem Plano:
São Sebastião do Alto

Fonte: Jornal O Globo

.Conjuntura local - Questão religiosa

Educação nos tempos do coronel
Muitas pessoas não lembram como era o Brasil no início do século XX, uma jovem República que ainda “engatinhava” timidamente sem saber bem para onde. Portanto vamos lembrar de algumas práticas que eram muito comuns no tempo de nossos bisavós, para começar, quem mandava na política eram famílias tradicionais que detinham prestígio e terras, e estas davam um “jeitinho” para que o mesmo grupo pessoas assumisse o poder nos municípios, nos estados e até no país, aqueles que ousavam se opor a essas práticas perversas sofriam perseguições, injúrias e muitas vezes encontravam a morte pelas mãos de pistoleiros contratados.
Podemos observar que realmente nosso passado tem muito a nos ensinar, porém mais de cem anos se passaram entre o início da República e os dias de hoje, mas ao chegar no município de Duas Barras, muito animado e ansioso para promover um ensino de qualidade para os alunos da comunidade rural de Vargem Grande, me senti novamente nos tempos do coronelismo, onde a democracia era só palavra vazia nos discursos eleitoreiros. Enquanto historiador e cientista por natureza e paixão, permaneci calado por seis meses, afim de observar as relações de poder, os interesses particulares e o descaso, mascarado por um clientelismo de trocas de favores, que geria o aprendizado dos alunos.
Os alunos da escola rural de Vargem Grande são em grande maioria, filhos de trabalhadores que desde muito cedo conhecem o peso do trabalho diário e tem seus sonhos reduzidos a aquisição de pequenos bens materiais como motos e celulares.  Até então, esses meninos e meninas, eram vistos como “coitadinhos” pela escola, que se resumia a reproduzir os valores que mantinham os alunos como “sobrinhos” de “tias” que muitas vezes não tinham a formação necessária para assumir a responsabilidade de “libertar as mentes” dos alunos.
Esse panorama sombrio foi abalado pela entrada de jovens professores, motivados por uma formação universitária de qualidade e com perspectivas inovadoras, que desta vez não eram meros contratados, e por isso, não estavam sujeitos aos desmandos de ninguém. Foi nessa leva de profissionais, que entrou para a equipe da escola uma orientadora pedagógica com imensa sede de transformação e no decorrer do tempo as coisas foram se modificando, mas como na época dos coronéis, logo começaram as perseguições, as injúrias e até mesmo as ilegalidades, cometidas por aqueles que mantém o “mando” na escola e desconhecem a democracia enquanto valor fundamental para uma educação de qualidade.
Um bom exemplo deste poder de “mando” foi o caso das orações na escola, que por ser de maioria católica e evangélica, se sente no direito de desrespeitar a Lei de Diretrizes e Bases da educação, praticando proselitismo religioso no interior da escola que é pública e laica. Ao denunciar essas práticas e realizar uma reunião onde a maioria dos professores presentes concordou com a mudança da oração por reflexões democraticamente escolhidas pela equipe, a orientadora pedagógica e o professor de matemática foram alvos de insultos e agressões morais promovidas por pessoas que foram enganadas e manipuladas pelos detentores do poder local apoiados pelo  secretário de educação da época. Para além deste caso, alguns professores sofrem com o assédio moral promovido na escola para que tudo permaneça como está, ou seja, manda quem pode e obedece quem tem juízo.
Assim como os agentes do coronelismo pedagógico não descansam a fim de manter seus privilégios conquistados à custa do futuro dos alunos, os professores comprometidos com a educação também não, pois em reuniões pedagógicas, conseguimos que os alunos obtivessem representação política junto a escola, os resultados no campo do aprendizado melhoram a cada dia e, apesar das forças contrárias, a escola vai ganhando contornos democráticos que ameaçam a supremacia dos detentores do poder. Cada vez mais a comunidade percebe que participar da escola é fundamental, não apenas entrando para dizer sim senhor(a) e não senhor(a), mas fazendo parte do conselho escolar, que em breve será renovado, apontando possibilidades de melhorias e transformações.
Por isso tudo que foi apresentado neste texto é possível vislumbrar um futuro menos sombrio para a pequena escola de Vargem Grande, agora que a secretaria de educação do município trabalha com uma perspectiva democrática e comprometida com a qualidade, os alunos tem voz e participam dos conselhos de classe e as transformações não podem ser paradas pelas injúrias e manipulações cometidas por ninguém.

“Os velhos tempos não voltarão, as velhas práticas foram enterradas com os fósseis dos contratos obscuros e agora vislumbramos um futuro brilhante para os alunos da pequena escola de Vargem Grande.”

Wesley D. Siqueira
História – Vargem Grande - DB

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Atividade de pesquisa aplicada na Greve de 2011 na E.E.M.Pedro José de Andrade.

Trabalho de Pesquisa Histórica
                
Turma: 9º ano.

Tema geral: Primeira Guerra Mundial

Objetivo: demonstrar como a industrialização, o imperialismo e os conflitos da primeira guerra mundial estão envolvidos em um processo histórico.

Tarefas: toda confecção do trabalho deverá ser feita de forma individual compartilhando o material disponibilizado pelo professor. O presente trabalho será feito em duas etapas, como demonstrado na tabela abaixo.


Aluno
Tarefa 1
Tarefa 2
Pesquisa
01
Construa uma tabela apresentando dez tópicos referentes a cada conceito em separado. Conceitos: Industrialização, o Imperialismo e os conflitos da Primeira Guerra Mundial
Elabore um relatório de pesquisa ao final do trabalho contendo: Fontes de pesquisa, como você elaborou a construção da tabela e quais são suas principais dúvidas não resolvidas. Seja o mais específico possível nas perguntas.

. Leia os capítulos referentes aos assuntos no livro didático.

As revistas deixadas pelo professor.

Livros da biblioteca móvel
02
Construa uma tabela apresentando: seis países envolvidos na 1ª GM, se cada um era industrializado ou não, se possuía colônias ou não e um motivo para entrar na guerra.
Elabore um relatório de pesquisa ao final do trabalho contendo: Fontes de pesquisa, como você elaborou a construção da tabela e quais são suas principais dúvidas não resolvidas. Seja o mais específico possível nas perguntas.
Leia os capítulos referentes aos assuntos no livro didático.

As revistas deixadas pelo professor.

Livros da biblioteca móvel
03
Construa uma tabela apresentando dez tópicos referentes a cada conceito em separado. Conceitos: Industrialização, o Imperialismo e os conflitos da Primeira Guerra Mundial
Elabore um relatório de pesquisa ao final do trabalho contendo: Fontes de pesquisa, como você elaborou a construção da tabela e quais são suas principais dúvidas não resolvidas. Seja o mais específico possível nas perguntas.
Leia os capítulos referentes aos assuntos no livro didático.

As revistas deixadas pelo professor.

Livros da biblioteca móvel
04
Construa uma tabela apresentando um balanço da 1ª GM contendo: Números de mortos nos principais países envolvidos, quais invenções foram decisivas neste período e quais os prejuízos dos derrotados.
Elabore um relatório de pesquisa ao final do trabalho contendo: Fontes de pesquisa, como você elaborou a construção da tabela e quais são suas principais dúvidas não resolvidas. Seja o mais específico possível nas perguntas.

Leia os capítulos referentes aos assuntos no livro didático.

As revistas deixadas pelo professor.

Livros da biblioteca móvel
05
Construa uma tabela apresentando: seis países envolvidos na 1ª GM, se cada um era industrializado ou não, se possuía colônias ou não e um motivo para entrar na guerra.
Elabore um relatório de pesquisa ao final do trabalho contendo: Fontes de pesquisa, como você elaborou a construção da tabela e quais são suas principais dúvidas não resolvidas. Seja o mais específico possível nas perguntas.
Leia os capítulos referentes aos assuntos no livro didático.

As revistas deixadas pelo professor.

Livros da biblioteca móvel
06
Construa uma tabela apresentando um balanço da 1ª GM contendo: Números de mortos nos principais países envolvidos, quais invenções foram decisivas neste período e quais os prejuízos dos derrotados.
Elabore um relatório de pesquisa ao final do trabalho contendo: Fontes de pesquisa, como você elaborou a construção da tabela e quais são suas principais dúvidas não resolvidas. Seja o mais específico possível nas perguntas.
Leia os capítulos referentes aos assuntos no livro didático.

As revistas deixadas pelo professor.

Livros da biblioteca móvel


Apresentação: Assim que retornarmos as atividades depois da GREVE teremos uma aula para esclarecer as dúvidas e na semana seguinte cada um irá expor seu trabalho para uma correção coletiva. A avaliação será feita pelo professor posteriormente.
Modelo

Tarefa 1) Livre, desde que caracterizada a formação de uma tabela comparativa.

Tarefa 2) Relatório entregue em folha de caderno com nome e data. Mínimo de 25 linhas, dividido em 3 parágrafos pelo menos.

Comentários importantes:

 - A escola não tem internet nem biblioteca.
 - A atividade seria melhor aproveitada com a orientação do professor presente durante a atividade.
 - Os alunos envolvidos tem grande dificuldade de escrita.
 - A biblioteca móvel é uma construção feita com caixotes e rodinhas para guardar e transportar livros.

Atividade aplicada em 03/08/2011

Pesquisa de apoio (tarefa utilizada durante a greve de agosto de 2011)

Atividade de Pesquisa

Turma: 7º ano

Objetivo: apresentar o continente africano como produtor de conhecimento. Valorização da cultura dos países africanos.

Orientação da tarefa: Os alunos foram divididos em grupos de quatro alunos que trabalharam três temas (Inventos e produção de conhecimento, contribuições religiosas e importancia das cidades).

Produção dos Alunos:

Inventos e produção de conhecimento - cartaz com a representação (desenhada) do que foi encontrado na pesquisa. Relatório individual sobre a produção do trabalho, fontes e dificuldades encontradas no processo.

contribuições religiosas - cartaz com a representação (desenhada) das festas do Candomblé. Relatório individual resumindo da reportagem de capa da edição 88 de 1995.

importância das cidades - cartaz com a representação (desenhada) do mapa do continente africano, apresentando as cidades antigas, o clima e a localização no mapa atual. Relatório individual sobre a produção do trabalho, fontes e dificuldades encontradas no processo.

Textos de apoio: Super Interessante edição 88, ano 1995. Matéria de Capa.
                         Enciclopédia Larousse obra completa 2006 (única disponível)
                         Texto escolhido na Internet (Tombuctu - abaixo)

Tombuctu
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A cidade de Tombuctu (em francês, Tombouctou e, na língua koyra chiini, Tumbutu; por vezes, escrita Timbuktu) é capital da região de mesmo nome. Localiza-se no centro do Mali. Apesar de não mostrar o esplendor da sua época áurea, no século XIV e estar a ser engolida pela areia do deserto do Saara, ainda tem uma importância tão grande, como depositório de saber, que foi inscrita pela UNESCO, em 1988, na lista do Patrimônio Mundial.
A prestigiosa universidade corânica de Sankoré, donde 50 000 sábios muçulmanos ajudaram a espalhar o Islão através da África Ocidental, ainda funciona, embora com um número mais reduzido: 15 000 estudantes. Tombuctu alberga, ainda, o famoso centro Ahmed Baba, com a sua colecção de 20 000 manuscritos árabes antigos, que retratam mais de um milénio de conhecimento científico islâmico e vários madraçais. A cidade tem três mesquitas principais: Djingareyber, construída de barro em 1325, Sankoré et Sidi Yahia.
Tombuctu foi inscrita em 1990 na Lista do Patrimônio Mundial em Perigo.
Resumo histórico
Tombuctu foi fundada cerca do ano 1100 pela sua proximidade com o rio Níger para servir às caravanas que traziam sal das minas do deserto do Saara para trocar por ouro e escravos trazidos do sul por aquele rio. Em 1330, Tombuctu fazia parte do poderoso império do Mali, que controlava o lucrativo negócio do sal por ouro em toda a região, estando ligada à cidade de Yenné através do comércio do sal, de cereais e do ouro. A sua função comercial era acompanhada de uma função militar. Dois séculos mais tarde, Tombuctu atingiu o seu apogeu sob o império Songhay, tornando-se um paraíso para os estudiosos e a capital espiritual dos finais da dinastia Mandingo Askia (1493-1591). Tombuctu, que foi habitada por muçulmanos, cristãos e judeus durante centenas de anos, foi sempre um centro de tolerância religiosa e racial. As culturas locais - songhai, tuaregue e árabe– misturaram-se, mas conservaram as suas distintas tradições. Essa idade de ouro terminou no século XVI, quando um exército marroquino destruiu o império Songhay. O domínio do comércio com África pelos navegadores europeus foi mais uma razão para o declínio de Tombuctu . O plano actual da cidade é do século XIX. Cinco bairros repartem-se no espaço urbano rodeado por uma muralha de cinco quilómetros. Nesta cidade comercial, é dada uma grande importância ao espaço dedicado aos mercados e aos lugares públicos. Uma parte da cidade de Tomboctu já caiu devido às tempestades de areia do Saara.
A desertificação e a acumulação de areia trazida pelo vento seco harmattan já destruíram a vegetação, o abastecimento em água e muitas estruturas históricas da cidade. Depois de Tombuctu ter sido inscrita na lista do Património Mundial em Perigo, a UNESCO iniciou um programa para conservar e proteger a cidade.
 Centro de aprendizagem
Durante o começo do século XV, um número de instituições islâmicas foram criadas. A mais famosa delas é a mesquita de Sankore, conhecida atualmente por universidade de Sankore.
Enquanto o islamismo era praticado nas cidades, nas zonas rurais locais a maioria não seguia as tradições muçulmanas. Seus líderes eram muçulmanos, interessados no avanço econômico, ao passo que a maioria da população era de "tradicionalistas".
No centro da comunidade escolar islâmica, a universidade de Sankore se organizava de forma diferente das escolas medievais europeias, sem uma administração central, registros de estudantes, ou cursos prescritos para estudo. Era composta, basicamente, por outras escolas ou "faculdades" independentes, cada qual com seu mestre. Os estudantes ligavam-se a um único professor e os cursos eram oferecidos em pátios abertos dentro das instalações da instituição ou em residências fechadas. As escolas dedicavam-se a ensinar o Alcorão e outros campos de conhecimento, tais como a lógica, a astronomia e a história. A venda e compra de livros chegou a ser mais lucrativa do que o comércio de ouro e escravos. Entre os melhores alunos, professores e pedagogos, estava Ahmed Baba, personagem histórico frequentemente citado no Tarikh-es-Sudan e em outros livros.
Comentários importantes:
- Esse trabalho foi proposto antes da greve com o objetivo de iniciar o conteúdo que envolve o continente africano. Uma aula foi dada para orientar os detalhes do trabalho assim que voltaram as aulas.
- A construção do material fica muito melhor com a orientação do professor.
- A escola não tem internet nem biblioteca.
- O material produzido e corrigido compõe um pequeno mural de história onde se somam outros trabalhos.

Aplicado em: 03/08/2011

Duas Barras ( texto do site oficial da cidade ).

História da Cidade de Duas Barras

     O município de Duas Barras constitui-se como território desmembrado de Cantagalo. O Primeiro núcleo da população originou-se em princípios do século XIX, na localidade Fazenda Thapera. Em torno da pequenina capela de Nossa Senhora da Conceição, padroeira do município, na esfera a que se estendia a sua influência, não contavam, inicialmente mais do que isolados ranchos, casas de pau-a-pique, destinadas a oferecer abrigo a boiadeiros e viajantes.
Duas Barras teve enorme desenvolvimento na era do café e hoje possui a 2ª maior plantação de café do Estado do Rio de Janeiro, como exemplos  as fazendas centenárias do município.
     A denominação de Duas Barras provém de estar a cidade localizada entre as barras formadas pela junção dos rios Negro com Resende e deste com o córrego Baú. Hoje Duas Barras é composta de quatro distritos: o da sede com a mesma denominação do município, o 2° Distrito chamado de Monnerat, o 3º Distrito de Fazenda do Campo e o 4º Distrito denominado de Vargem Grande.
     O município possui um grande potencial turístico devido à preservação da maior parte do casario colonial, formando um núcleo urbano bastante agradável. A associação do relevo acidentado com a rede hidrográfica variada dota o município de inúmeras cachoeiras e quedas d´águas. Além disso possui clima ameno. Vale lembrar que os rios de Duas Barras têm suas nascentes originadas dentro dos limites do município.
     A cidade e berço do cantor e compositor Martinho da Vila.

Duas Barras – RJ

Distante 175 quilômetros da cidade do Rio de Janeiro faz limite com Carmo, Cantagalo, Cordeiro, Bom Jardim, Nova Friburgo e Sumidouro. Os nascidos em Duas Barras são chamados Bibarrenses. A denominação de Duas Barras deve-se às junções do Rio Negro com o Rio Rezende e deste com o Córrego do Baú, assim, formando as duas barras.

Histórico do Município

     O atual Município de Duas Barras constitui-se com o território desmembrado do município de Cantagalo.
     O primeiro núcleo de população, o qual originou a comunidade, formou-se em princípios do século XIX, na localidade denominada Fazenda Tapera, doada pelo Padre Francisco José de Oliveira à Irmandade de Nossa Senhora da Conceição, onde os primeiros colonos ergueram uma Capela, dedica a Padroeira da Irmandade citada. Era o período inicial em torno da capela, formou-se uma pequena povoação, as casas eram rancho de pau a pique ou palha, serviam também para abrigo de boiadeiros e viajantes que se dirigiam para o vale do Rio Paraíba.
     A vinda de colonos para trabalhar na agricultura e o desenvolvimento da lavoura cafeeira contribuíram para o assentamento e o progresso dessa região.
     Em 1834, o Padre José Dias de Oliveira fundou a Irmandade Religiosa de Nossa Senhora da Conceição.
    Em 23 de dezembro de 1836, estando à população suficientemente condensada e crescida foi dada ao seu núcleo a categoria de Curato, por fora de uma lei de nº. 68.
20 anos mais tarde, devido ao desenvolvimento verificado na região, foi à localidade levada à categoria de Freguesia pelo Decreto Providencial nº. 92, de 24 de outubro de 1856 sob invocação de Nossa Senhora da Conceição de Duas Barras do Rio Negro.
     As autoridades civis só apareceram na localidade por volta de 1891, quando o grau de desenvolvimento da população permitiu a sua elevação à categoria de Vila. O decreto nº. 233, de 8 de maio de 1891, que criou o Município estava assim regido: “fica criado o Município de Duas Barras, que será constituído pelo território da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Duas Barras, desmembrado do Município de Cantagalo, tendo por sede a povoação da Tapera, com denominação de Vila de Duas Barras”.
Desta época em diante, novos horizontes se abriram para seus habitantes.

Igreja Matriz

A Igreja Matriz construída no período de 1850 a 1855, conforme reza documentos e mostram as inscrições de ambos os lados de sua porta principal, foi erguida um pouco afastada e para os fundos do local da primitiva capela.
Segundo consta, as despesas realizadas com a construção da Matriz foram custeadas quase que exclusivamente pelo Comendador Francisco Alves Ribeiro.
Dentre as doações que ornamentam a atual Matriz, ressalta a imagem da Padroeira dada pelo cidadão Manoel Cornélio dos Santos.
Possui belíssimas imagens, destacando-se do Sagrado Coração de Jesus e Sagrado Coração de Maria que ficam nas laterais do altar-mor e, também, do Senhor dos Passos, de Nossa Senhora das Dores e de Cristo Morto.
Sua arquitetura exemplifica a transição do Barroco para o Neoclássico.
Internamente, o espaço é divido em três naves: a central, coberta por abóbadas de berço e as laterais, separadas daquela por colunas toscanas e guarda-corpo de madeira recortada.
Destacam-se ainda os altares da nave e da capela-mor, pintados de branco com adornos dourados e, também, o quadro em azulejos do Batismo de Jesus Cristo por João Batista, doado pelo Senhor Petit Cabral, ao Cônego Arthur Salvador, no centenário da Igreja em 1950.
A Igreja Matriz vem passando por reformas ao longo do tempo.
- 1912: Reforma Geral
- 1949: Reforma das Torres e parte do prédio
- 1966: Modificado o telhado para o colonial e pintura geral
- 1980: Pintura externa das paredes
- 1989: Pintura total interna
- 1995: Pintura do telhado e da parte externa
- 2008: Reforma geral
A tradicional festa da Padroeira era comemorada no início, no dia 8 de dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição.
Depois, como nesse dia sempre chovia, passou a ser festejada no dia 15 de agosto, nesta data ficou por 50 anos.
Com a coincidência da festa de Nossa Senhora da Piedade em Cordeiro, o Bispo Dom Carlos Gouveia Coelho e a Irmandade de Duas Barras, desde 1958, passou a festa da Padroeira a ser comemorada no primeiro domingo do mês de agosto.

Prefeitura

No canto sul da praça, próximo à Igreja, ergue-se a imponente sede da Prefeitura Municipal de Duas Barras.
Sobrado de dois pavimentos foi, inicialmente, residência de fazendeiros do café da região do Rio Negro, depois, sucessivamente, cadeia, escola pública e, por fim, sede do Governo Municipal.
Na década de 1940, em reforma realizada no prédio foram inseridas na platibanda a inscrição “Prefeitura Municipal” e as armas da República.
Destaca-se, no interior do segundo andar, o teto do salão, feito de estuque, trabalho em alto relevo.
No período de 1891 a 1946, o presidente da Câmara de Vereadores era automaticamente o prefeito municipal, sendo Dr. Vicente Moncada o primeiro prefeito de Duas Barras.
Chegando o final da ditadura do Brasil e com as eleições livres em todo país, o primeiro prefeito eleito foi Manoel Lutterbach Nunes e, atualmente, o município de Duas Barras é administrado pelo Prefeito Antônio Carlos Pagnuzzi Araújo.

Praça Governador Portela

Este nome foi dado à praça em homenagem ao ex-governador da velha Província Fluminense, em visita a Duas Barras, vindo de trem até Monnerat e de trole até a Sede do 1º Distrito. Sua inauguração foi realizada em 15 de agosto de 1936.

Conjunto Urbano -Paisagístico

O início da colonização da região data do princípio do século XIX, época da fazenda Tapera, que servia de pouso a viajantes que se dirigiam para o vale do rio Paraíba. A salubridade do local, a vinda de colonos para trabalhar na agricultura e o desenvolvimento da lavoura cafeeira contribuíram para o assentamento e o progresso da região. Nessa época, o café assumira o lugar mais importante na economia do país e o Rio de Janeiro tornara-se o principal centro de produção no território nacional.

Solenidades de inaugurações na Praça Governador Portela:

- Coreto Sociedade Musical 8 de Dezembro (15/08/1943) – Prefeito Manoel Lutterbach Nunes
- Relógio do Sol (15/08/1945) - Prefeito Manoel Lutterbach Nunes
- Busto do Presidente Getúlio Vargas (24/08/1955) – Homenagem do povo do Município de Duas Barras ao Presidente – Prefeito José Simião Vidal
- Placa da Reforma da Praça em 1975, restaurada na administração do Prefeito Victorino Araújo de Barros e projeto do engenheiro Heródoto Bento de Mello.
Após 20 anos, em  04 de agosto de 1994, no governo de Dr. Luiz Gonzaga Pagnuzzi Araújo, a Praça passou por uma total reforma que se mantém até os dias de hoje,  e projeto do engenheiro Ricardo Uzeda Saturnino Braga.

Fórum Barão de Aquino

No terreno doado pelo Barão de Aquino, funcionou a antiga Escola Pública posteriormente Delegacia de Polícia e ao lado o primeiro Posto de Saúde, e, atualmente, é o Prédio do Fórum.
Pelo Decreto Lei nº. 16.299, de 12 de novembro de 1973, pelo Governador do Estado do Rio de Janeiro, Dr. Raimundo Padilha, foi denominado Barão de Aquino o Fórum da Comarca de Duas Barras.

Alguns dados biográficos sobre o Barão de Aquino

José de Aquino Pinheiro nasceu em 07 de março de 1837, na Fazenda Ribeirão, (região da Vila Tapera). Seus pais, Barão e Baronesa de Paquequer, que se chamavam Joaquim Luiz Pinheiro e Quenciana Maria de Souza Pinheiro.
Em 1857, casou-se com Rita Luiza Ribeiro, filha do Comendador Francisco Alves Ribeiro, desta união, nasceram 15 filhos. Morreu aos 84 anos, em 20/09/1921, na Fazenda Santa Mônica, em Murineli (Sumodouro-RJ).
No dia 31 de março de 2006, foi realizada a inauguração da reforma feita no fórum de Duas Barras pelo Poder Judiciário. O antigo Fórum (1973), após mais de 6 meses de obras, foi transformado em estilo colonial, se adequando ao conjunto arquitetônico do século XIX da Praça Governador Portela.

TOMBAMENTO

DECRETO Nº 723 DE 02 DE DEZEMBRO DE 1996

DETERMINA O TOMBAMENTO DE BENS CULTURAIS E NATURAIS

CONSIDERANDO o valor cultural do conjunto arquitetônico e urbanístico do núcleo histórico da cidade de Duas Barras e de seu patrimônio natural, que há mais de cem anos vêm sendo preservados pela população local, enquanto símbolo de sua identidade; e a preservação do núcleo histórico de Duas Barras, cartão-postal da cidade.
O Núcleo Histórico da Cidade de Duas Barras, abrange os conjuntos arquitetônicos ( cerca de 80 casarões centenários), urbanísticos e paisagisticos incluindo os lotes, as edificações, os equipamentos urbanos, as caixas de rua, as calçadas, a arborização e as pontes que os integram.
São tombados os maciços rochosos denominados Pedra do Mota e Pedra do Patrimônio que compõem a paisagem natural do núcleo histórico original e também  as calhas do Rio Negro. do Rio Resende e do Córrego do Baú, considerados como elementos marcantes da natureza do sitio onde se implantou o núcleo urbano e cujos percursos moldaram o traçado da cidade.
- Conjunto da Praça Manoel Lutterbach Nunes números: 12, 22, 28, 34, 40, 46, 56, 62, 94, 100, 61, 69, 83, 91, e 103.
- Nº 05 da Rua Batista Laper
- Prédio da Prefeitura Municipal de Duas Barras
- Igreja Matriz Nossa Senhora da conceição
- Conjunto da Rua Domingos José de Souza números: 56, 70, 33, 37, 43, 49, 55, 65, 71, 83.
- Avenida Getúlio Vargas números 241 e 251.
- Rua Mário Martins dos Santos 105 (travessa Jair Guimarães Pires)
- Conjunto da Rua Dr. Vicente Moncada números: 90, 113, 116 e 126.
- Conjunto da Rua Monnerat números: 12, 60, 68, 76, 86, 94, 100, 108, 114, 122, 128, 65, 75, 85, 85ª, 95, 103, 111, 123.
- Rua Feliciano Sodré número 03 e 11.
- Rua Padre José de Oliveira números 17, 74 e 83.
- Rua Dr. Modesto de Mello números 13, 21, 29, 39, 47, 51, 59, 65, 69, 73, 77, 83.
- Rua Comendador Alves Ribeiro números 03, 11, 25, 33, 41, 47 e 53.
- Antiga sede da Fazenda do Coronel Domingos José de Souza, atual CEDB    (Centro Educacional Duas Barras) e respectivo prédio do moinho nº 61.
- Cemitério da Irmandade de Nossa Senhora da Conceição, destacando-se o muro de pedra e primitiva capela.

Bibliografias:

“Eu só penso nela” 1ª edição – Autor: Farid Habib
“Coisas da minha terra” -  Autor Farid Habib – Editora: WH Imagem e Comunicação.
“Documenta histórica dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro _ Autor: Cyro Corrêa Lyra – Editora: Documenta Histórica Editora – Rio de Janeiro Brasil


Informações gerais sobre Duas Barras

População: 10.930 - IBGE 2010
Primeiro Distrito: Duas Barras
Segundo Distrito: Monnerat
Terceiro Distrito: Fazenda do Campo
Quarto Distrito: Vargem Grande
Vegetação: espécies florestais representativas da mata atlântica
Padroeira do Município: Nossa Senhora da Conceição
Relevo: montanhoso
Temperatura: (ºC) máxima – 31,5º
                            média – 18,2º
                            mínima – 11,9º
Altitude: 550 metros
Área 326 Km2
Limites:  Norte – Carmo e Cantagalo
             Sul – Nova Friburgo e Bom Jardim
             Leste – Cantagalo e Cordeiro
             Oeste -  Sumidouro
Distâncias:
Rio de Janeiro – 175 Km
Niterói – 164 km
Nova Friburgo – 45 km
Bom Jardim – 22 km
Cordeiro – 38 km
Cantagalo – 44 km
Sumidouro – 37 km
Carmo – 28 km

Criação do Município: 08 de maio de 1891

Principais Atividades Econômicas:
- Agricultura
- Pecuária
- Moda íntima
- Indústria de Moto peças (mercado interno e exportadora)

Principais Eventos:

Durante todo ano ocorre o Projeto Musica na Praça com shows de Bandas de toda região, quinzenalmente, em Duas Barras e em Monnerat.

Janeiro – Encontro de Folclore
              Duas Barras e Monnerat

Fevereiro – Carnaval
                 Duas Barras e Monnerat

Maio – Aniversário do Município
          Encontro de Motociclistas

Junho – Festa de Santo Antonio de Povoado de Bom Jardim
            Festas Juninas em todo o município

Julho – Festa de Nossa Senhora do Carmo em Fazenda do Campo
           Festas Julinas em todo o município

Agosto – Festa da Padroeira Nossa Senhora da Conceição
             Duas Barras


Setembro – Festa da Padroeira Nossa Senhora da Guia em Monnerat
                 Festa da APAE

Dezembro – Concerto de Natal
                  Réveillon